quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

não diga um ´´eu te amo`` pra depois dizer ´´não da mais``


muita gente confude amor com se sentir bem com o outro.. amar é uma coisa sem limites vc quer estar com aquela pessoa pra sempre e ela deseja a mesma coisa...
e se sentir bem é como uma amizade ou ter muitas coisaz em comum mais essas duas coisas não tem nada em comum então pense muito antes de dizer um ´´eu te amo`` por uqe depois você pode falar um ´´não da mais`` ai sera que esse ´´eu te amo``era verdade ou vc simplismente só se sentia bem com aquela pessoa...
pense muit antes de dizer ´´ eu te amo`` por que isso só deve ser dito quando vc amar de verdade não inluda uma pessoa dizendo eu te amo por qualquer coisa pq é isso que esta acontecendo tudo é razão pra dizer eute amo hje em dia..
antes um eu te amo era difecia de se escutar mais agora vc escuta isso em qualquer lugar..
quando vc disser eu te amo tenha certeza disso pois se não tiver vc pode acabar maguando muito os sentimentos de alguem..
nunca magoei um coração pois vc pode estar dentro dele...
muita gente confude se sentir bem com amar e acabm maguando pesoas que gostam muito delas..
em um dia ela esta chorando pq perdeu a pessoa amada e no outro esta sorindo sera que isso é amor?
sera que confudem amor com se sentir  bem?
ou sera eu que demoro dimais pra esuqecer as pessoas que amo?
quero dizer nunca as  esqueço mais amenizo a dor que sinto pela falta delas...
um amor verdadeiro  nunca sera esquecido sera guardado com nosco pra se4mpre só que a dor vaiser amenizada com um tempo e quem sabe com um tempo não surge um novo amor...

(heloisa santos)

o melhor para vc é ficar longe de mim..

as vezes achamos que o melhor pro outro é agente se afastar dele(a), pode ate ser, mais essa pessoa vai sofrer muito mais por que agente não esta com ela...
quando agente se apaixona mais o outro diz que o melhor pra gente é se afastar dele vc fica deprimido pq vc quer aquela pessoa do seu lado e por um tempo ela estava mais derepente ela some da sua vida isso nos deixa muito triste...
ela acha que esta nos fazendo bem essa distancia mais pelo contrario agente ta sofrendo muito mais sem ela do que sofreria com ela...
a distancia nos faz muito infeliz por queremos aquela pessoa mais ela esta longe e não conseguimos trazer ela pra perto pois foi ela que quis ir...
mais tem uma hora em que essa pessoa ver que estamos sofrendo por ela e vouta pra nossa vida tudo volta ao normal mais nunca vamos esquecer do que passamos sem ela agora mais do que nunca sabemos que a amamos pq sem ela agente não é feliz tudo que acontece sem ela não tem o minimo sentido...
o amor é assim inesplicavel muitas vezes nos faz sofrer mais por traz de um sofrimento sempre vem uma felicidade...
quando essa pessoa esta longe agente fica muito triste não temos vontade de fazer nada só queremos ficar no nosso canto longe de tudo e de todos que nos faz lembrar queremos estar cada vez mais perto dela mais sabemos que enquanto mais lebrarmos mais vamos sofrer...
quando vemos alguma coisa que lembra ela ficamos anestesiados lebrando daquela pessoa como se ela estivesse com agente naquele momento...
realmente ela esta o que não nos faz esquecer ela é por que ela esta em nosso coração..
então ja que ela esta em nosso coração ela pode ir pro outro lado do mundo que vai continuar perto de nos...
sabemos que aquela pessoa tambem esta pensando em nos mas não temos como nos comunicar com ela por que ela quer que agente esuquesa ela mais isso é imposival por que a amamos e nunca vamos a esquecer pode levar o tempo que levar ela sempre vai estar em nosso coração...
mais quando ela volta parece que tudo volta a nossa vida volta a nossa alegria volta tudo aquele rosto que não tinha mais sorido desde que ela tinha se ido voltou a sorir pois sua razão de viver esta de volta...
quando um amor sobreveve a tudo isso significa que ele é muito puro e que nunca vai acabar...
(heloisa santos)

amanhecer capitulo 18


18 – NÃO EXISTEM PALAVRAS PARA ISSO
O corpo de Bella, totalmente avermelhado, começou a se contorcer, se debatendo nos
braços de Rosalie como se estivesse sendo eletrocutada. Todo esse tempo, o seu rosto estava
vazio – inconsciente. Era uma sacudida selvagem que vinha do centro do seu corpo e que a
agitava. Enquanto ela tinha convulsões, sons de algo rachando e se partindo mantinham o ritmo
dos espasmos.
Rosalie e Edward ficaram congelados por um breve meio segundo, e então eles se partiram.
Rosalie jogou o corpo de Bella nos braços, e, gritando tão rápido que era difícil separar as palavras
individualmente, ela e Edward se lançaram escadas acima para o segundo andar.
Eu corri atrás deles.
- Morfina! - Edward gritou para Rosalie.
- Alice – ligue para Carlisle! - Rosalie gritou agudamente.
O quarto para onde eu os segui parecia uma enfermaria de emergência no meio de uma
biblioteca. As luzes eram brilhantes e brancas.
Bella estava na mesa embaixo delas, sua pele fantasmagórica debaixo do brilho. O corpo
dela se debatia, um peixe na areia. Rosalie prendeu Bella, puxando e arrancando suas roupas,
enquanto Edward enfiava uma seringa no braço dela.
Quantas vezes eu a tinha imaginado nua? Agora eu não conseguia olhar. Eu estava com
medo de ficar com essas memórias na cabeça.
- O que está acontecendo, Edward?
- Ele está sufocando!
- A placenta deve ter se descolado!
A algum momento, Bella recobrou a consciência. Ela respondeu às palavras deles com um
grito que se agarrou nos meus tímpanos.
- TIREM ele daí! - Ela gritou. - Ele não consegue RESPIRAR! Faça isso AGORA!
Eu vi os pontos vermelhos aparecendo quando os gritos fizeram os vasos nos olhos dela se
romperem.
- A morfina – Edward rugiu.
- NÃO! AGORA-! - Outra golfada de sangue saiu enquanto ela gritava. Ele segurou a cabeça
dela pra cima, tentando desesperadamente limpar sua boca para que ela pudesse respirar de
novo.
Alice entrou correndo no quarto e colocou alguma coisa azul no ouvido de Rosalie debaixo
de seu cabelo. Alice se afastou, seus olhos dourados estavam arregalados e saltando das órbitas,
enquanto Rosalie gritava freneticamente para o telefone.
Na luz brilhante, a pele de Bella parecia mais roxa e preta do que branca. Vermelho escuro
estava se espalhando por baixo da sua pele embaixo do grande bulbo trêmulo. A mão de Rosalie
apareceu com um bisturi.
- Deixe a morfina de espalhar! - Edward gritou pra ela.
- Não há tempo - Rosalie assobiou. - Ele está morrendo!
A mão dela desceu para o estômago de Bella, e um ponto vermelho vívido esguichou onde
ela perfurou a pele. Era como um balde sendo virado de cabeça pra baixo, uma mangueira ligada
na máxima potência. Bella se contorceu, mas não gritou. Ela ainda estava sufocando.
E então Rosalie perdeu o foco. Eu vi a expressão em seu rosto mudar, e vi seus lábios se
erguerem sobre os dentes e seus olhos negros brilhando de sede.
- Não, Rose! - Edward rosnou, mas as mãos dele estavam presas, tentando segurar Bella na
posição vertical para que ela pudesse respirar.
Eu me atirei em Rosalie, pulando por cima da mesa sem me importar em me transformar.
Quando eu bati em seu corpo duro feito pedra, jogando-a em direção à porta, eu senti o bisturi
em sua mão perfurando o meu braço esquerdo profundamente. Minha palma direita amassou o
lado do rosto dela, travando sua mandíbula e bloqueando suas vías aéreas.
Eu usei meu aperto no rosto de Rosalie para mudar seu rosto de posição para que eu
pudesse dar um sólido chute em seu abdomem; foi como chutar concreto.
Ela voou para a porta, amassando um dos lados da estrutura. O pequeno telefone em seu
ouvido se fez em pedacinhos. Então Alice apareceu, puxando-a pela garganta para o corredor.
E eu precisava admitir isso para a loira - ela não fez grande caso da luta. Ela queria que a
gente ganhasse. Ela me deixou acertá-la daquele jeito, pra salvar Bella.
Bem, para salvar a coisa.
Eu arranquei a faca do meu braço.
- Alice, tire ela daqui! - Edward gritou. - Leve-a pra Jasper, e mantenha ela por lá! Jacob, eu
preciso de você!
Eu não vi Alice terminando o serviço. Eu voltei para a mesa de operação, onde Bella estava
ficando azulada, seus olhos arregalados e vidrados.
- Primeiros socorros? - Edward rosnou pra mim, rápido e urgente.
- Sim!
Eu julguei seu rosto rapidamente, procurando por algum sinal de que ele ia reagir como
Rosalie. Não havia nada além de uma singular ferocidade.
- Faça-a respirar! Eu tenho que tira-lo antes que –
Outro barulho de algo se partindo dentro dela, o mais alto até agora, tão alto que nós dois
esperamos, chocados, pelo seu grito de resposta. Nada. Suas pernas, que haviam estado curvadas
de agonia, agora estavam sem vida, espalhadas de uma forma não natural.
- A coluna dela - ele resfolegou horrorizado.
- Tire isso de dentro dela! - Eu rosnei, botando o bisturi na frente dele. - Ela não vai sentir
nada agora!
E então eu me inclinei por cima da cabeça dela. A boca dela parecia limpa, então eu
pressionei a minha nela e soprei ar nos seus pulmões. Eu senti seu corpo trêmulo expandindo,
então não havia nada bloqueando sua garganta.
Seus lábios tinham gosto de sangue.
Eu podia ouvir seu coração, batendo sem ritmo. Continue agüentando, eu pensei ferozmente
pra ela, soprando ar em seu corpo novamente. Você prometeu. Mantenha seu coração batendo.
Eu ouvi o som leve, molhado, do bisturi em seu estômago. Mais sangue pingando no chão.
O próximo som vibrou em mim, inesperado, aterrorizante. Como metal sendo partido. O som
me fez lembrar da luta na clareira tantos meses atrás, o som penetrante dos recém-nascidos
sendo destruídos. Eu olhei para ver o rosto de Edward pressionado no bulbo. Dentes de vampiro –
uma forma garantida de cortar pele de vampiros.
Eu estremeci enquanto mandava mais ar para Bella.
Ela tossiu para mim, seus olhos piscando, revirando cegamente.
- Fique comigo agora, Bella! - Eu gritei pra ela. - Você me ouviu? Fique! Você não vai me
deixar. Mantenha seu coração batendo!
Seus olhos rolaram, procurando por mim, mas sem ver nada.
Então de repente seu corpo ficou rígido embaixo das minhas mãos, apesar da respiração
dela ter aumentado de ritmo e seu coração continuava a bater. Eu me dei conta de que a rigidez
dela significava que estava tudo acabado. As batidas internas estavam acabadas. Ele devia estar
fora dela.
Estava.
Edward cochichou. - Renesmee.
Então Bella estava errada. Não era o menino que ela havia imaginado. Nenhuma grande
surpresa aí. Sobre o que ela não estava errada?
Eu não tirei os olhos dos olhos avermelhados dela, mas eu senti suas mãos erguendo
fracamente.
- Me deixe... - ela gaguejou num sussurro partido. - Dá ela pra mim.
Eu acho que devia saber que ele ia fazer o que ela queria, não importava o quão estúpido
seu pedido pudesse ser. Mas eu nem sonhava que ele podia ouvi-la agora. Eu não pensei em
impedi-lo.
Algo quente tocou meu braço. Isso devia ter chamado minha atenção. Nada parecia quente
pra mim.
Mas eu não conseguia tirar os olhos do rosto de Bella. Ela piscou e então encarou,
finalmente vendo alguma coisa. Ela gemeu um som estranho, fraco.
- Renes... mee. Tão... linda.
E então ela perdeu o ar – perdeu o ar de dor.
Quando eu olhei, já era tarde demais. Edward já tinha passado a coisinha quente,
ensangüentada, para seus braços sem vida. Meus olhos observaram sua pele. Estava vermelha de
sangue – o sangue que tinha preenchido sua boca, o sangue que estava por todo o corpo da
criatura, e o sangue fresco saindo de uma pequena mordida no formato de uma lua crescente
dupla em seu seio esquerdo.
- Não, Renesmee - Edward murmurou, como se estivesse ensinando boas maneiras à
monstra.
Eu não olhei pra ele nem para a coisa. Eu só olhei Bella enquanto seus olhos rolavam pra
trás.
Com uma última batida fraquinha, seu coração falhou e ficou em silêncio.
Ela perdeu, talvez, meia batida, e minhas mãos estavam em seu peito, fazendo
compressões. Eu contei em minha cabeça, tentando manter o ritmo uniforme. Um. Dois. Três.
Quatro.
Parando por um segundo, eu soprei ar em seus pulmões mais uma vez.
Eu não conseguia mais enxergar. Meus olhos estavam molhados e borrados. Mas eu estava
hiper consciente dos sons no quarto. O glug-glug sem vontade de seu coração embaixo das
minhas mãos urgentes, as batidas do meus próprio coração, e outra – uma batida vibrante, que
era muito rápida, muito leve. Eu não consegui saber de onde ela vinha.
Eu forcei mais ar a descer pela garganta de Bella.
- O que você está esperando? - Eu tossi sem fôlego, pressionando seu coração novamente.
Um. Dois. Três. Quatro.
- Pegue o bebê - Edward disse urgentemente.
- Jogue-o pela janela. - Um. Dois. Três. Quatro.
- Me dê ela - uma voz baixa soou na porta.
Edward e eu rosnamos ao mesmo tempo.
Um. Dois. Três. Quatro.
- Eu estou controlada - Rosalie prometeu. - Me dê o bebê, Edward. Eu vou cuidar dela até
que Bella...
Eu respirei novamente para Bella fazendo a troca. O rápido thumpa, thumpa, thumpa
desapareceu à distância.
- Afaste suas mãos, Jacob.
Eu tirei o olhar dos olhos brancos de Bella, ainda pressionando o coração dela por ela.
Edward tinha uma seringa nas mãos – toda prateada, como se fosse feita de metal.
- O que é isso?
A mão de pedra dele tirou a minha do caminho. Houve um pequeno som quando o golpe
dele quebrou meu dedo mindinho. No mesmo segundo, ele enfiou a agulha direto no coração dela.
- Meu veneno - ele respondeu enquanto injetava.
Eu ouvi o coração dela dar um salto, como se ele tivesse batido nela com um remo.
- Continue se movendo - ele ordenou. A voz dele estava gélida, estava morta. Penetrante e
inconsciente. Como se ele fosse uma máquina.
Eu ignorei a dor pulsante no meu dedo e comecei a pressionar o coração dela. Estava mais
difícil, como se o sangue dela tivesse se congelado lá – mais grosso e mais lento. Enquanto eu
empurrava o sangue agora viscoso em suas artérias, eu observei o que ele estava fazendo.
Era como se ele a estivesse beijando, passando os lábios pelo pescoço dela, pelos seus
pulsos, na parte de dentro de seus braço.
Mas eu conseguia ouvir o som da pele dela se partindo quando ele mordia, de novo e de
novo, forçando o veneno no sistema dela, em todos os pontos que era possível. Eu vi a língua
pálida dele passando pelas feridas ensangüentadas, mas antes que isso pudesse me deixar
enojado ou enraivecido, eu me dei conta do que ele estava fazendo. Onde a língua dele passava
veneno na pele dela, a ferida cicatrizava. Prendendo o veneno e o sangue dentro dela.
Eu soprei mais ar em sua boca, mas nada aconteceu ali. Apenas seu peito sem vida se
erguendo em resposta. Eu continuei pressionando seu coração, contando, enquanto ele trabalhava
feito um maníaco, tentando reconstruí-la. Todos de volta em seu devido lugar...
Mas não havia nada ali, apenas eu, apenas ele.
Trabalhando num cadáver.
Porque isso era tudo o que restava da garota que nós dois amamos. Esse cadáver quebrado,
ensangüentado, feito em pedaços. Não podíamos reconstruir Bella. Era tarde demais. Eu sabia que
ela estava morta. Eu tinha certeza, porque o imã já não existia mais. Eu não sentia nenhum
motivo para ficar perto dela. Ela não estava mais aqui. Então esse corpo já não tinha nada para
me atraia pra ela. A necessidade sem sentido de ficar perto dela havia desaparecido.
Ou talvez tirada fosse uma palavra melhor. Agora parecia que o imã vinha da outra direção.
Das escadas, porta afora. A vontade de sair daqui e nunca, nunca mais voltar.
- Então vá - ele rebateu, bateu nas minhas mãos pra tira-las do caminho novamente. Três
dedos se quebraram, aparentemente.
Então eu fiquei ereto de forma indiferente, sem me importar com as pontadas de dor.
Ele bombeou o coração morto dela mais rápido que eu.
- Ela não está morta - ele rosnou. - Ela vai ficar bem.
Eu já não tinha certeza se ele estava falando comigo.
Me virando, deixando-o com a morta dele, eu caminhei lentamente porta afora. Muito
lentamente. Eu não conseguia fazer meus pés se moverem mais rápido.
Então, foi aí. O oceano de dor. A outra costa longínqua de água efervescente que eu não
conseguia imaginar, quanto menos ver.
Eu me sentia vazio de novo, agora que eu tinha perdido meu propósito. Salvar Bella foi a
minha luta por tanto tempo. E agora ela não seria salva. Ela havia se sacrificado por vontade
própria a ser feita em pedaços por aquela monstrinha, e então a luta estava acabada. Estava tudo
acabado.
Eu estremeci pelo som que vinha de trás de mim enquanto eu descia as escadas – o som do
coração morto sendo forçado a bater.
Eu queria pôr água sanitária no meu cérebro de alguma forma, e deixa-lo fritar. Para mandar
embora as imagens dos minutos finais de Bella. Eu suportaria os danos ao meu cérebro de
pudesse mandar aquilo embora – os gritos, o sangue, a dor insuportável, e o corpo de quebrando
enquanto o monstro recém-nascido a fazia em pedaços de dentro pra fora...
Eu queria ir embora correndo, descer dez degraus de uma vez só e correr pela porta, mas
meus pés estavam pesados como aço e meu corpo estava mais cansado do que um doa já estava
antes. Eu cambaleei pelas escadas como um homem velho e frágil.
Eu parei no último degrau, reunindo minhas forças para sair pela porta.
Rosalie estava na ponta limpa do sofá branco, de costas pra mim, murmurando
carinhosamente para a coisinha enrolada num cobertor que estava em seus braços. Ela deve ter
me ouvido parar, mas ela me ignorou, perdida em seus momentos de maternidade roubada.
Talvez ela estivesse feliz agora. Rosalie tinha o que queria, e Bella nunca voltaria para tirar a
criatura dela. Eu me perguntei se isso foi o que a loira venenosa esperou o tempo todo.
Ela segurou alguma coisa escura em suas mãos, e veio um som ganancioso de sucção vinda
da pequena assassina que ela segurava.
O cheiro de sangue humano no ar. Rosalie estava alimentando-a. Com o que mais se
alimentaria o tipo de monstro que mutilava brutalmente a própria mãe? Ela podia muito bem estar
bebendo o sangue de Bella. Talvez estivesse.
Minha força foi voltando enquanto eu ouvia o som da pequena assassina sendo alimentada.
Força e raiva e calor – um calor avermelhado me subindo à cabeça, queimando, mas sem
apagar nada. As imagens na minha cabeça eram um combustível, criando um inferno, mas se
recusando a ser consumido. Eu senti os tremores da cabeça aos pés, e eu não tentei impedi-los.
Rosalie estava totalmente distraída com a criatura, sem prestar o mínimo de atenção em
mim. Ela não seria rápida o suficiente pra me impedir, distraída daquele jeito.
Sam estava certo. A coisa era uma aberração – a sua existência ia contra a natureza. Um
demônio negro, sem alma. Uma coisa que não tinha direito de existir. Uma coisa que tinha de ser
destruída.
Parecia que a atração na vinha da porta, afinal de contas. Eu podia senti-la agora, me
encorajando, me puxando pra frente. Me forçando a acabar com isso, livrar o mundo dessa
aberração.
Rosalie tentaria me matar quando a criatura estivesse morta, e eu ia revidar. Eu não tinha
certeza de que poderia acabar com ela antes que os outros viessem atrás de mim. Talvez sim,
talvez não. De qualquer forma eu não me importava muito.
Eu não me importava se os lobos, de qualquer bando, me vingassem ou se chamassem de
justiça o que os Cullen fariam. Tudo que me importava era a minha própria justiça. Minha
vingança. Aquela coisa que tinha matado Bella não viveria por nem mais um segundo.
Se Bella tivesse sobrevivido, ela teria me odiado por isso. Ela ia querer me matar
pessoalmente.
Mas eu não me importava. Ela não se importou com o que tinha feito comigo – deixando-se
ser despedaçada feito um animal. Porque eu devia levar os sentimentos dela em consideração?
E então havia Edward. Ele devia estar ocupado demais agora – longe demais em sua
negação insana, tentando reanimar um cadáver – para ouvir meus planos.
Então eu não ia cumprir a promessa que fiz a ele, a não ser que – e essa era uma aposta
que eu não faria – eu conseguisse lutar com Rosalie, Jasper e Alice e vencer num três contra um.
Mas mesmo se eu vencesse, eu não achava que teria como matar Edward.
Porque eu não tinha compaixão suficiente pra isso. Porque eu devia deixá-lo escapar do que
ele fez? Não seria mais justo – mais satisfatório – deixá-lo viver com nada, absolutamente nada?
Imaginar isso quase me fez sorrir, cheio de ódio como eu estava. Sem Bella. Sem a
assassina dos infernos. E também sem todos membros da família que eu conseguisse derrotar. É
claro, ele provavelmente conseguiria colá-los de novo, já que eu não estaria por perto para
queimá-los. Diferente de Bella, que nunca se refaria novamente.
Eu me perguntei se a criatura poderia se refazer. Eu duvidava. Ela era parte de Bella
também – então devia ter herdado parte da sua vulnerabilidade. Eu podia ouvir o pequeno
batimento do seu coração.
O coração da coisa estava batendo. O de Bella não.
Apenas um segundo se passou enquanto eu tomava essas fáceis decisões.
O estremecimento estava ficando mais forte e mais violento. Eu me inclinei, pronto para
saltar na vampira loira e arrancar a coisa assassina de seus braços com meus dentes.
Rosalie mimou a criatura novamente, colocando a garrafinha de metal de lado e levantando
a criatura no ar para alisar a bochecha dela com o rosto.
Perfeito. A nova posição era perfeita pro meu ataque. Eu me inclinei para a frente e senti o
calor começar a me transformar enquanto a atração para a assassina ficava mais forte – era mais
forte do que eu já havia sentido antes, tão forte que me fez lembrar de um comando Alpha, como
se fosse me arrasar se eu não obedecesse.
Dessa vez eu queria obedecer.
A assassina olhou por cima de Rosalie para mim, seu olhar mais focado do que o olhar de
um recém nascido deveria ser.
Olhos marrons cálidos, da cor de leite com chocolate – a mesma cor que os de Bella haviam
sido.
Meus tremores pararam repentinamente; calor se espalhou por mim, mais forte que antes,
mas era um tipo novo de calor – não estava me queimando.
Estava cintilando.
Tudo dentro de mim se desfez enquanto eu olhava para o pequeno rosto de porcelana do
bebê meio humano, meio vampiro. Todos os fios que me prendiam à vida foram rapidamente
cortados, como fios prendendo uma porção de balões. Tudo o que fazia de mim quem eu era –
meu amor pela garota morta no andar de cima, meu amor por meu pai, minha lealdade ao meu
bando novo, o amor pelos meus outros irmãos, meu ódio pelos meus inimigos, meu lar, meu
nome, eu mesmo – se desconectaram de mim naquele segundo – snip, snip, snip – e flutuaram
para o espaço.
Não havia restado mais nada. Um laço novo me prendia onde eu estava.
Não um laço, mas um milhão. Não laços, mas cabos de aço. Um milhão de cabos de aço,
todos me ligando a uma coisa – o centro do universo.
Agora eu podia ver – como o universo girava ao redor desse único ponto. Eu nunca havia
visto a simetria do universo antes, mas agora estava claro.
A gravidade da terra já não me prendia ao lugar onde eu estava.
Agora era a bebezinha nos braços da vampira loira quem me prendia.
Renesmee.
Do andar de cima, veio um novo som. O único som que podia me tocar naquela instante
interminável.
O frenético batimento, um batimento apressado...
Um coração em transformação.



(heloisa santos)