terça-feira, 3 de janeiro de 2012


Abelardo e Heloísa
  

            A história de amor entre Abelardo e Heloísa foi uma história dramática.  O romance einiciou-se em Paris, Abelardo tinha 37 anos e Heloísa tinha 17 anos.
            Abelardo, ao ver a jovem Heloísa, ficou encantado com a sua beleza, e tentou aproximar-se dela, pedindo ao seu tio Fulberto que o alojasse em sua casa, pois ficaria mais perto da sua escola, e não teria as preocupações de cuidar de uma casa, ficando com mais tempo para se dedicar aos seus estudos.
            O tio de Heloísa viu nesta oferta uma oportunidade para a sua sobrinha evoluir nos seus estudos. Assim, Abelardo tornou-se professor de Heloísa.
            Todas as horas vagas que Abelardo tinha dedicava-as a ensinar Heloísa, inicialmente na presença do tio Fulberto. Algum tempo depois, Fulberto, confiando em Abelardo, deixava-os sozinhos.
            Como Abelardo ensinava na escola durante o dia, dava aulas a Heloísa durante a noite, enquanto o seu tio Fulberto e todos dormiam.
            Em pouco tempo, cresceu entre ambos um grande amor, deixaram de se preocupar com os livros e o estudo, fascinados um pelo outro, viviam esta paixão de forma intensa.
            Tanto Abelardo como Heloísa, eram dois intelectuais, e ao viverem o seu amor, sabiam os perigos que corriam perante a sociedade.
            Numa noite, o tio Fulberto descobriu o amor escondido entre Abelardo e Heloísa. Furioso, expulsou Abelardo de sua casa.

            O amor entre Abelardo e Heloísa não diminuiu, começaram a encontrar-se nos locais que Heloísa podia frequentar sem acompanhantes; em sacristias, confessionários, catedrais.
            Heloísa engravidou, e para evitar um escândalo, Abelardo levou-a às escondidas da casa do tio Fulberto, para a sua aldeia em Palais, onde ficou aos cuidados da sua irmã, até dar à luz um menino, a que deram o nome de Astrolábio.
            Abelardo voltou para Paris, para continuar a ensinar, mas não conseguia estar longe de Heloísa, como tal, foi pedir ao tio Fulberto permissão para casar com Heloísa. Fulberto, embora magoado, consentiu o casamento. Heloísa deixou o filho com a irmã de Abelardo e dirigiu-se a Paris.
            O casamento realizou-se durante a noite, às escondidas, numa pequena ala da Catedral de Notre-Dame, de modo a que ninguém desconfiasse.  Só estavam presentes os familiares de Heloísa e alguns amigos de Abelardo.
            Pouco tempo depois, o casamento foi sido descoberto e Fulberto envergonhado, resolveu vingar-se de Abelardo. Contratou uns homens para invadirem os aposentos de Abelardo durante a noite e castraram-no. 
            Na sua angústia e vergonha, Abelardo obrigou Heloísa a ingressar no mosteiro de Santa Maria de Argenteuil. Heloísa tinha vinte anos. Heloísa fez os votos monásticos e ingressou na vida religiosa, por amor a Abelardo.  Abelardo retirou-se para o mosteiro de Saint-Denis. 
   
Separação de Abelardo e Heloísa
           Durante muitos anos Abelardo e Heloísa não se viram, apenas trocavam cartas um com o outro. Nestas cartas Heloísa expressava toda a sua dor, pela triste sorte do seu amor, e toda a sua rebeldia, por ter ingressado na vida religiosa e ter vestido o hábito.

Heloísa no convento
            Heloísa e Abelardo nunca deixaram de se amar.  Anos mais tarde Abelardo construiu uma escola-mosteiro perto de Heloísa. Viam-se diariamente, mas não se falavam, apenas trocavam cartas. 
            Abelardo morreu em 1142, com 63 anos de idade. Heloísa mandou construir uma sepultura em sua homenagem.
            Em 1162 morre Heloísa e a seu pedido, foi sepultada ao lado de Abelardo.
            

  Morte de Heloísa
            Em 1817 os restos mortais dos dois amantes foram levados para o cemitério do Padre Lachaise.
            
      
Sepultura de Abelardo e Heloísa no cemitério do Padre Lachaise

 (heloisa santos)

amanhecer capitulo 17

 17 – COM O QUE EU PAREÇO? O MÁGICO DE OZ? VOCÊ PRECISA DE UM
CÉREBRO? SIGA EM FRENTE. PEGUE O MEU. PEGUE TUDO O QUE EU TENHO
Eu meio que tinha um plano quando corri pra garagem dos Cullen. A segunda parte disso
estava totalizando o carro do sugador de sangue no meu caminho de volta. Então eu estava em
uma perda quando eu apertei o controle sem botões, e não era o Volvo dele que buzinou e piscou
as luzes pra mim. Era outro carro− um carro que se destacava até em uma longa de linha de
carros que tinham suas qualidades.
Ele realmente queria me dar as chaves de um Aston Martin Vanquish, ou era um acidente?
Eu não parei pra pensar, ou isso iria parar a segunda parte do meu plano. Eu apenas me
joguei no banco de couro e liguei o motor enquanto meus joelhos estavam apertados embaixo do
volante. O som do motor tinha feito eu gemer outro dia, mas agora era tudo o que eu podia fazer
pra dirigi-lo.
Eu achei a alavanca que fazia o banco mexer e me empurrei pra trás enquanto meu pé
empurrava o pedal pra baixo. O carro parecia estar voando enquanto ia pra frente.
Só me tomou 5 segundos pra correr entre a pequena estrada. O carro me respondia como
se fosse minha mente o dirigindo, e não minhas mãos. Enquanto eu passava pelo túnel verde no
meio da estrada, eu peguei um olhar do rosto cinza de Leah de amiga por entre as samambaias.
Por meio segundo, eu imaginei o que ela tinha pensado, então eu percebi que não me
importava.
Eu virei pro sul, porque eu não tinha paciência pra nada que fizesse eu tirar meu pé do
acelerador.
Em um jeito doentio, era meu dia de sorte. Se por dia de sorte você entendesse uma boa
viagem em uma rodovia a 200km por hora sem nenhum policial, mesmo em cidades que era
permitido só 30 km por hora. Que desapontamento. Uma perseguição seria legal, sem mencionar
que a placa iria direto pro nome do sanguessuga. Claro, ele iria sair dessa, mas seria legal ser só
um pouquinho inconveniente pra ele.
O único sinal de vigilância que eu tive foi só um só uma insinuação de um pelo marrom
flutuando pelas árvores, correndo em paralelo a mim por alguns quilômetros ao sul de Forks. Quil,
parecia pelo menos. Ele devia ter me visto também, porque ele desapareceu depois de um minuto
sem nem levantar suspeitas.
De novo, eu quase imaginei qual seria sua história antes que eu me lembrasse que eu não
me importava.
Eu corri na rodovia que era em forma de U, indo pra maior cidade que eu podia encontrar.
Essa era a primeira parte do plano.
Parecia levar muito tempo, provavelmente eu estava nas navalhas, mas realmente não
levaria duas horas antes de eu estar dirigindo pro norte que era parte de Tacoma e parte Seattle.
Eu diminui então, porque eu não queria matar nenhum inocente que tivesse olhando.
Esse era um plano burro. Não ia funcionar. Mas, eu procurei pela minha mente qualquer
jeito de me livrar da dor, e o que Leah tinha dito hoje apareceu ali.
Isso iria sumir, você sabe, se você tivesse uma impressão. Você não precisaria se machucar
por causa dela de novo.
Parecia que ter suas opções levadas de você não era a pior coisa do mundo. Talvez se sentir
assim fosse a pior coisa do mundo.
Mas eu tinha visto todas as garotas de La Push e de Makah e Forks. Eu precisava de uma
coisa maior.
Então como você procura por uma alma gêmea em uma multidão? Bem, primeiro, eu
precisava de uma multidão. Então eu procurei por aí, procurando por um lugar. Eu passei por uns
shoppings, o que seria um bom lugar pra procurar garotas da minha idade, mas eu não pude me
fazer parar. Será que eu queria ter uma impressão em alguma garota que ficasse no shopping o
dia todo?
Eu continuei indo para o norte, e foi ficando mais e mais lotado. Eventualmente, eu
encontrei um parque cheio de crianças e famílias a skates e bicicletas e pipas e piqueniques e um
pouco de tudo. Eu não tinha percebido até agora− era um dia bom. Sol e tudo aquilo. As pessoas
estavam pra fora celebrando o céu azul.
Eu estacionei entre duas vagas de deficientes− apenas implorando por um cupom− e me
juntei à multidão.
Eu andei por aí pelo que pareceram horas. Bastante tempo o suficiente para que o sol
mudasse de lado no céu. Eu olhei pro rosto de cada garota que passava perto de mim, me
fazendo olhar de verdade, notando quem era bonita, quem tinha olhos azuis, quem parecia bem
usando aparelho e quem usava muita maquiagem. Eu tentei achar algo interessante em cada
rosto, assim eu estaria certo que eu realmente tentei. Coisas como: essa tinha um nariz bem reto;
aquela devia tirar o cabelo dos olhos; essa poderia passar batom se seu rosto fosse tão perfeito
quanto sua boca...
De vez em quando elas olhavam de volta. Algumas vezes elas pareciam assustadas− como
se elas tivessem pensando, Quem é esse doido enorme olhando pra mim? Algumas vezes eu
pensava que elas pareciam interessadas, mas talvez isso só fosse meu ego ficando doido.
De nenhum jeito, nada. Nem quando eu olhei nos olhos da garota − sem concursos − a
mais linda do parque e provavelmente da cidade, e quando ela olhou de volta com um olhar que
parecia interessado, eu não senti nada. Só o mesmo desespero pra me tirar da dor.
Assim que o tempo foi passando, eu comecei a notar as coisas erradas. As coisas Bella. O
cabelo dessa era da mesma cor. Os olhos daquela tinham o mesmo formato. As bochechas dessa
são do mesmo jeito. Aquela tinha a mesma ruga no meio dos olhos− o que me fez pensar no que
ela estava se preocupando...
Então eu desisti. Porque era pra lá de idiota que eu tenha escolhido o lugar certo, na hora
certa e que eu iria encontrar minha alma gêmea porque eu estava desesperado.
Não faria sentido encontrar ela aqui, de qualquer jeito. Se Sam estava certo, o melhor lugar
pra encontrar minha alma gêmea seria em La Push. E, claramente, nenhuma lá servia. Se Billy
estivesse certo, então quem sabe? O que fazia um lobo mais forte?
Eu voltei para o carro e então me encostei no capô e brinquei com as chaves.
Talvez eu era o que Leah pensava que ela era. Um tipo de fim da linda que não deveria ser
passado pra outra geração. Ou então só era minha vida que era grande, uma piada cruel, e não
tinha escapatória da linha de murros.
- Hey, você está bem? Oi? Você aí, com o carro roubado.
Me levou um segundo pra perceber que a voz estava falando comigo, e depois outro
segundo pra decidir levantar minha cabeça.
Uma garota que me parecia familiar estava olhando pra mim, sua expressão estava ansiosa.
Eu sabia que reconhecia essa− eu tinha a catalogado. Um claro vermelho-dourado no cabelo, pele
clara, algumas sardas douradas ficavam em suas bochechas e nariz, e os olhos da cor de canela.
- Se você está com remorso de ter roubado o carro - ela disse, sorrindo tanto que um
furinho apareceu em seu queixo, - você sempre pode se entregar.
- É emprestado e não roubado - eu respondi. Minha voz soava horrível− como se eu tivesse
chorando por algo. Vergonhoso.
- Claro, isso vai fazer você se safar no tribunal.
Eu olhei. - Você precisa de algo?
- Não muito. Eu estava brincando sobre o carro, sabe. É só que... você parece chateado com
alguma coisa. Oh, hey, eu sou Lizzie. - Ela levantou a mão.
Eu olhei pra ela até que ela deixou sua mão cair.
- De qualquer jeito... - ela disse estranhamente, - eu estava imaginando se eu posso ajudar.
Parecia que você estava procurando por alguém antes. - Ela apontou pro parque.
- Yeah.
Ela esperou.
Eu suspirei. - Eu não preciso de ajuda. Ela não está aqui.
- Oh, sinto muito.
- Eu também. - Eu murmurei.
Eu olhei pra garota de novo. Lizzie. Ela era bonita. Bonita o bastante pra tentar ajudar um
estranho que parecia estar doido. Por que ela não podia ser a garota? Por que tudo tinha que ser
tão complicado? Garota legal, bonita e um pouco engraçada. Por que não?
- Esse é um carro lindo - ela disse. - É realmente uma pena que eles não estão fabricando
mais deles. Quero dizer, o corpo do Vantage é lindo também mas, tem alguma coisa sobre o
Vanquish...
Garota legal que conhecia carros. Wow. Eu encarei seu rosto, desejando que eu soubesse
que isso funcionasse. Vamos lá Jake, tenha uma impressão.
- Como é dirigir?
- Você não ia acreditar - eu disse.
Ela sorriu, por conseguir tirar uma resposta civilizada de mim, e eu a dei um sorriso relutante
de volta.
Mas seu sorriso não fez nada com as laminas que estavam se mexendo de baixo pra cima no
meu corpo. Não importava o quando eu quisesse, minha vida não se ajeitaria desse jeito.
Eu não estava naquele lugar legal que Leah estava. Eu não ia conseguir me apaixonar como
uma pessoa normal. Não quando eu estivesse sangrando por outra coisa. Talvez − dez anos aqui
e o coração de Bella estivesse morto e eu talvez voltaria a ser uma parte só de novo− talvez eu
poderia oferecer Lizzie uma volta no meu carro e falar de modelos e tentar conhece-la um pouco e
ver se eu gostava dela como pessoa. Mas isso não ia acontecer agora.
Mágica não ia me salvar. Eu ia ter que agüentar a tortura como homem. Engolir. Lizzie
esperou, talvez esperando que eu fosse a oferecer a volta. Ou não.
- É melhor eu devolver esse carro pro cara que me emprestou - eu murmurei.
Ela sorriu de novo. - Que bom que você pensou certo.
- Yeah, você me convenceu.
Ela me assistiu entrar no carro, ainda um pouco concentrada. Eu provavelmente parecia
alguém que iria dirigir e se jogar de um penhasco. O que talvez eu fizesse, se esse movimento
servisse pra um lobisomem. Ela acenou uma vez, seus olhos traçando o carro.
Primeiramente, eu dirigi mais normalmente na volta. Eu não estava com pressa. Eu não
queria ir pra onde eu estava indo. De volta pra casa, de volta pra floresta. De volta pra dor que eu
tinha fugido. De volta pra ser totalmente sozinho.
Okay, isso foi melodramático. Eu não estaria totalmente sozinho, mas isso seria uma coisa
ruim. Leah e Seth iam ter que sofrer comigo. Eu estava feliz que Seth não precisaria sofrer muito
mais. A criança não merecia ter sua paz arruinada. Leah não merecia, também, mas pelo menos
era algo que ela entendia. Nada novo sobre dor pra Leah.
Eu suspirei bastante enquanto eu pensava o que Leah queria de mim, porque agora eu sabia
que ela conseguiria. Eu ainda estava bravo com ela, mas eu não podia ignorar o fato que eu podia
fazer sua vida mais fácil. E − agora que eu a conhecia melhor − eu pensava que ela iria
provavelmente fazer isso por mim, se nossas posições tivessem trocadas.
Seria interessante, pelo menos, e estranho também, em ter Leah como companhia− como
amiga. Nós iríamos nos ter por baixo da pele do outro bastante, isso era certeza. Ela seria a qual
não ia me deixar afundar, eu acho que isso é uma coisa boa. Eu provavelmente ia precisar de
alguém pra me chutar na bunda de vez em quando. Mas quando chegava no ponto, ela era a
única amiga que teria uma chance de entender o que eu estava passando.
Eu pensei na caçada de hoje de manhã, e como nossas mentes estavam tão próximas por
um momento no tempo. Não foi uma coisa ruim. Diferente. Um pouco assustador, um pouco
estranho. Mas também legal em um jeito maluco.
Eu não precisava ficar sozinho.
E eu sabia que Leah era forte o suficiente pra agüentar comigo os meses que viriam. Meses
e anos. Me fazia cansado pensar nisso. Eu me senti olhando pra um oceano que eu teria que
nadar de borda pra borda até que eu pudesse descansar de novo.
Tanto tempo chegando, e tão pouco tempo antes de tudo começar. Antes de eu me afundar
no oceano. Três dias e meio, e eu estava aqui, desperdiçando o pouco tempo que eu tinha.
Eu comecei a dirigir rápido de novo.
Eu vi Sam e Jared, cada um de um lado da estrada como sentinelas, enquanto eu corria pra
Forks. Eles estavam bem escondidos nas árvores mas eu estava esperando eles e eu sabia pro que
olhar. Eu acenei enquanto passava rápido por eles não me importando o que eles iriam pensar no
meu dia de viagem.
Eu acenei pra Leah e Seth também, enquanto eu cruzava a estradinha dos Cullen. Estava
começando a ficar escuro, e as nuvens estavam grossas desse lado, mas eu vi seus olhos
brilharem no reflexo da luz. Eu ia explicar a eles depois. Eles tinham bastante tempo pra isso.
Era surpreso encontrar Edward me esperando na garagem. Eu não tinha visto ele longe de
Bella por dias. Eu podia dizer pelo seu rosto que nada de ruim tinha acontecido a ela. Aliás, ele
parecia mais em paz do que antes. Meu estomago se torceu enquanto eu lembrava de onde a paz
vinha.
Era muito ruim− que mesmo com meu esforço − eu me esqueci de destruir o carro. Ah,
bem. Eu provavelmente não conseguiria agüentar machucar esse carro, de qualquer jeito. Talvez
ele adivinhou e por isso me emprestou esse carro.
- Algumas coisas, Jacob - ele disse rápido assim que eu desliguei o motor.
Eu tomei uma respiração funda e esperei por um minuto. Então, devagar, eu saí do carro e
joguei as chaves pra ele.
- Obrigado pelo empréstimo - eu disse. Aparentemente era pra ser pago. - O que você quer
agora?
- Primeiro... eu sei como você não gosta de usar a autoridade com o seu bando, mas...
Eu pisquei abobalhado, que ele começaria com essa. - O que?
- Se você não quer, ou não vai controlar Leah, então eu−
- Leah? - eu interrompi, falando pelo meio dos meus dentes. - O que aconteceu?
O rosto de Edward estava duro. - Ela veio perguntar por que você foi embora tão
abruptamente. Eu tentei explicar. Eu acho que não saiu certo.
- O que ela fez?
- Ela se transformou em humana e −
- Sério? - eu interrompi de novo, chocado dessa vez. Eu não pude processar isso. Leah
deixando sua guarda bem na boca do inimigo?
- Ela queria... falar com Bella.
- Com Bella?
Edward ficou todo assobiante depois. - Eu não vou deixar Bella ficar toda chateada daquele
jeito de novo. Eu não ligo o quanto justificada Leah acha que está. Eu não a machuquei − é claro
que não o faria− mas eu vou tira-la da casa se isso acontecer de novo. Eu vou joga-la do outro
lado do rio−
- Espere. O que ela disse? - Nada disso estava fazendo sentido.
Edward respirou fundo, se juntando. - Leah foi desnecessariamente grossa. Eu não vou fingir
que entendo o porquê de Bella não conseguir te largar, mas eu sei que ela não faz isso de
propósito. Ela sofre bastante por causa da dor que ela está te causando, e em mim, por te pedir
pra ficar. O que Leah falou não foi pedido. Bella está chorando−
- Espere− o que Leah gritou pra Bella sobre mim?
Ele balançou a cabeça pesadamente. - Você foi veementemente patrocinado.
Whoa. - Eu não pedi pra ela fazer isso.
- Eu sei.
Eu rolei meus olhos. É claro que ele sabia. Ele sabia de tudo.
Mas isso era algo sobre Leah. Quem acreditaria? Leah andando até os sugadores de sangue
humana pra reclamar como eu estava sendo tratado.
- Eu não posso prometer controlar Leah - eu disse pra ele. - Eu não vou fazer isso. Mas eu
vou falar com ela, okay? E eu não acho que isso vai se repetir. Leah não faz isso, então ela
provavelmente desabafou tudo hoje.
- Eu diria isso.
- De qualquer jeito, eu vou falar com Bella também. Ela não precisa se sentir mal. Essa eu
que faço.
- Eu já disse isso pra ela.
- É claro que você disse. Ela está bem?
- Ela está dormindo. Rose está com ela.
Então a psicopata era “Rose” agora. Ele completamente passou pro lado negro.
Ele ignorou esse pensamento, continuando a responder minha pergunta. - Ela... está melhor em
alguns pontos, tirando o negócio de Leah e a culpa.
Melhor. Porque Edward estava ouvindo o monstro e agora tudo estava livre, leve e solto
agora. Fantástico.
- É um pouco mais que isso - ele murmurou. - Agora que eu posso saber os pensamentos da
criança, parece que ele ou ela tem facilidades com coisas mentais. Ele pode nos entender.
Minha boca se abriu. - Você está falando sério?
- Sim. Ele parece ter um pouco de senso do que a machuca, agora. Ele está tentando evitar
isso, quanto mais possível for. Ele... a ama. Já.
Eu encarei Edward, me sentindo como se meus olhos fossem pular da minha cara. Embaixo
dessa descrença, eu podia ver que isso era o fato crítico. Isso era o que tinha mudado Edward−
que o monstro tinha o convencido de seu amor. Ele não podia odiar o que amasse Bella. Era
provavelmente por isso que ele não me odiava, também. Tinha uma grande diferença. Eu não
estava a matando.
Edward continuou como se não tivesse ouvido nada. - O progresso, eu acredito, é mais do
que nós pensamos. Quando Carlisle voltar−
- Eles não estão de volta? - Eu o cortei. Eu pensei em Sam e Jared vigiando a estrada. Eles
ficariam curiosos com o que estava acontecendo?
- Alice e Jasper sim. Carlisle mandou todo o sangue que ele pôde adquirir, mas não foi muito
tanto quanto ele estava esperando− Bella irá usar tudo em um dia, do jeito que seu apetite
aumentou. Carlisle ficou pra tentar arranjar outro jeito. Eu não acho que é necessário agora, mas
ele quer ficar preparado pra qualquer coisa.
- Por que não é necessário? E se ela precisar de mais?
Eu podia ver que ele estava observando e ouvindo minha reação cuidadosamente enquanto
ele explicava. - Eu estou tentando fazer Carlisle fazer o parto do bebê assim que ele voltar.
- O que?
- A criança está tentando evitar movimentos fortes, mas é difícil. Ele está muito grande. É
loucura esperar, quando ele está mais desenvolvido do que Carlisle achava. Bella está muito frágil
pra esperar.
Eu continuei segurando minhas pernas abaixo de mim. Primeiro, eu contava com o ódio de
Edward pela criança. Agora, eu percebi que aqueles quatro dias como certeza. Mas agora não era.
O oceano de tristeza que me esperava, se esticou em mim.
Eu tentei continuar a respirar.
Edward esperou. Eu encarei seu rosto enquanto eu me recuperava, reconhecendo outra
mudança aqui.
- Você acha que ela vai conseguir. - Eu sussurrei.
- Sim. Essa é a outra coisa que eu queria conversar com você.
Eu não pude dizer nada. Depois de um minuto, ele continuou.
- Sim - ele disse de novo. - Esperando, como nós fizemos, pra criança estar pronta, isso foi
insanamente perigoso. A qualquer momento podia ter sido muito tarde. Mas nós estamos
esperançosos sobre isso, se nós agirmos rápido, eu não vejo razão pra não ir tudo bem. Saber a
mente da criança é inacreditavelmente bom. Ainda bem que Bella e Rose concordam comigo.
Agora que eu as convenci que é melhor pra criança se nós continuarmos, não há nada que impeça
isso de funcionar.
- Quando Carlisle volta? - eu perguntei, ainda sussurrando. Eu não tive minha respiração de
volta ainda.
- Meio-dia, amanhã.
Meus joelhos tremeram, eu teria que segurar no carro pra me segurar em pé. Edward
alcançou como se ele tivesse oferecendo apoio, mas depois ele pensou e abaixou suas mãos.
- Desculpe - ele sussurrou. - Eu realmente sinto muito pelo o que isso te causa, Jacob.
Embora você me odeie, eu preciso admitir que eu não sinto o mesmo sobre você. Eu penso em
você como um... irmão em muitas maneiras. Um camarada, pelo menos. Eu me arrependo por
você estar sofrendo mais do que você imagina. Mas Bella vai sobreviver − quando ele disse isso
sua voz estava forte, até violenta − e eu sei que é isso o que realmente importa pra você.
Ele provavelmente estava certo. Era difícil saber. Minha cabeça estava girando.
- Então eu odeio ter que fazer isso, enquanto você está agüentando com tanta coisa,
claramente, há pouco tempo. Eu preciso te pedir uma coisa− implorar, se for preciso.
- Eu não tenho mais nada sobrando - eu disse engasgado.
Ele levantou sua mão de novo, como se fosse colocar no meu ombro, mas então ele a
abaixou como antes e suspirou.
- Eu sei o quanto você desistiu - ele disse silenciosamente. - Mas isso é algo que você
precisa, e só você. Eu estou pedindo isso do verdadeiro Alfa, Jacob. Eu estou pedindo isso pro
herdeiro de Ephraim.
Eu estava muito longe de poder responder.
- Eu quero sua permissão para desviar o que nós concordamos no acordo com Ephraim. Eu
quero que você nos dê uma exceção. Eu quero sua permissão pra salvar a vida dela. Você sabe
que eu vou faze-lo de qualquer jeito, mas eu não quero uma briga, se há jeito de evita-la. Nós
nunca tivemos a intenção de voltar com a nossa palavra, e nós não vamos faze-lo agora. Eu quero
sua compreensão agora, Jacob, porque você sabe exatamente o porquê de nós fazermos isso. Eu
quero que a aliança entre nossas famílias sobreviva, quando isso acabar.
Eu tentei engolir. Sam, eu pensei. É Sam que você quer.
- Não, a autoridade de Sam está assumida. Ela pertence a você. Você nunca vai tira-la dele,
mas ninguém pode concordar com o que eu estou pedindo, tirando você.
Não é minha decisão.
- É sim, Jacob, e você sabe disso. Sua palavra nesse desejo nos condena ou absolve. Só
você pode dar isso pra mim.
Eu posso pensar. Eu não sei.
- Nós não temos muito tempo. - Ele olhou de volta pra casa.
Não, não havia tempo. Meus poucos dias tinham se tornado poucas horas.
Eu não sei. Me deixe pensar. Me dê um minuto, okay?
- Sim.
Eu comecei a andar para a casa, e ele me seguiu. Louco como era fácil, andar pelo escuro
com um vampiro do meu lado. Não me sentia inseguro, ou inconfortável, sério. Parecia como
andar ao lado de qualquer um. Bem, qualquer um que cheirasse mal.
Houve um movimento no gramado, e então um choro baixo. Seth lutava por entre as
samambaias e vinha ao nosso encontro.
- Hey, criança. - Eu murmurei.
Ele abaixou sua cabeça, eu bati em seu ombro.
- Está tudo bem - eu menti. - Eu te explico isso depois. Desculpe por descontar em você
daquele jeito.
Ele riu pra mim.
- Hey, diga pra sua irmã pra se acalmar, okay? Chega.
Seth concordou uma vez.
Eu empurrei seu ombro dessa vez. - Volte ao trabalho. Eu vou falar com você daqui a pouco.
Seth se apoiou em mim, me empurrando de volta, e então galopou pras árvores.
- Ele tem uma das mais puras, sinceras, gentis mentes que eu já ouvi. - Edward murmurou
quando ele estava fora de vista. - Você tem tanta sorte de ter os pensamentos dele pra dividir.
- Eu sei disso. - Eu grunhi.
Nós olhamos em direção à casa, e nós dois viramos as cabeças abruptamente quando
ouvimos o barulho de alguém sugando pelo canudinho. Edward estava com pressa então. Ele
subiu as escadas e então sumiu.
- Bella, amor, pensei que você estivesse dormindo - Eu o ouvi dizer. - Me desculpe, eu não
devia ter ido.
- Não se preocupe. Eu só fiquei com muita sede− me acordou. É uma boa coisa que Carlisle
esteja trazendo mais. Essa criança vai precisar quando ela sair de dentro de mim.
- Verdade. Essa é uma boa observação.
- Eu fico imaginando se ele vai querer alguma coisa mais - ela falou.
- Eu acho que nós vamos descobrir.
Eu entrei pela porta.
Alice disse – Finalmente - e os olhos de Bella se viraram pra mim. Aquele enfurecido,
irresistível sorriso traçou seu rosto por um segundo. E então ele se foi e seu rosto caiu. Seus lábios
se torceram, como se ela estivesse tentando não chorar.
Eu queria socar Leah bem na sua boca idiota.
- Hey, Bells - eu disse rapidamente. - Como você está?
- Eu estou bem - ela disse.
- Grande dia hoje, huh? Várias coisas novas.
- Você não precisa fazer isso, Jacob.
- Não sei do que você está falando - eu disse indo sentar no braço do sofá que estava sua
cabeça. Edward já estava no chão.
Ela me deu um olhar cheio de repreensão. - Eu estou tão − ela começou a dizer.
Eu fechei seus lábios no meio do meu dedão e meu dedo indicador.
- Jake - ela murmurou, tentando colocar minha mão pra longe. Sua tentativa era tão fraca
que não dava pra acreditar que ela estava realmente tentando.
Eu balancei minha cabeça. - Você vai poder falar quando você parar de falar besteira.
- Ta bom, eu não vou dizer. - Pareceu que ela murmurou.
Eu puxei minha mão.
- Sinto muito! - ela terminou rapidamente, e então ela deu um sorriso forçado.
Eu rolei meus olhos e então sorri de volta.
Quando eu a olhei nos olhos, eu vi tudo o que eu estava procurando no parque.
Amanhã, ela seria outra pessoa. Mas esperançosamente viva, e isso que contava, certo? Ela
olhava pra mim com os mesmos olhos, mais ou menos. Sorrindo com os mesmos lábios, quase.
Ela ainda me conhecia muito mais que qualquer um que não teve acesso total ao interior da minha
cabeça.
Leah pode ser uma companhia interessante, talvez até uma verdadeira amiga− alguém que
se impunha por mim. Mas ela não era minha melhor amiga do jeito que Bella era. E tirando o
amor impossível que eu sentia por Bella, e também teria aquela outra ligação, e corria nos ossos.
Amanhã, ela seria minha inimiga. Ou ela seria minha aliada. E, aparentemente, essa
distinção dependia de mim.
Eu suspirei.
Ta bom! Eu pensei, desistindo da última coisa que eu poderia desistir. Vá em frente. Salve
ela. Como herdeiro de Ephraim, você tem minha permissão, minha palavra, que esse desejo não
irá violar o acordo. Os outros terão que me culpar. Você estava certo − eles não podem negar que
é o meu direito concordar com isso.
- Obrigado. - O sussurro de Edward foi baixo o suficiente pra Bella não ouvir nada. Mas as
palavras eram tão ferventes, do canto do meu olho, eu pude ver os outros vampiros virando pra
olhar.
- Então - Bella perguntou, trabalhando pra ser casual. - Como foi seu dia?
- Ótimo. Eu fui dar uma volta. Andei por um parque.
- Parece legal.
De repente, ela fez uma cara. - Rose? - ela perguntou.
Eu ouvi a Loira rir. - De novo?
- Eu acho que bebi dois galões na ultima hora. - Bella explicou.
Edward e eu saímos do caminho quando Rosalie veio tirar Bella do sofá pra leva-la ao
banheiro.
- Posso andar? - Bella perguntou. - Minhas pernas estão tão duras.
- Você tem certeza? - Edward perguntou.
- Rose vai me pegar se eu tropeçar no meu pé. O que pode acontecer bem facilmente,
sendo que eu não posso vê-los.
Rosalie colocou cuidadosamente Bella de pé, mantendo suas mãos bem nos ombros de
Bella. Bella esticou seus braços em sua frente, estremecendo um pouco.
- Isso é bom - ela suspirou. - Ugh, mas eu estou enorme.
Ela realmente estava. Seu estomago era um continente.
- Mais um dia - ela disse, a deu uma batidinha no seu estomago.
Eu não pude conter a dor que passou por mim em um segundo, queimando, mas eu tentei
tira-la do meu rosto. Eu poderia esconder por mais um dia, certo?
- Certo, então. Oooops− ah, não!
O copo que Bella tinha deixado no sofá tombou pra um lado, o sangue vermelho escuro
espirrando no móvel pálido.
Automaticamente, embora três mãos a segurando, Bella se abaixou pra pegar.
Aquilo foi a coisa mais estranha, uma coisa rasgando no centro de seu corpo.
- Oh! - ela falou.
E então ela ficou fraca, indo direto pro chão. Rosalie a pegou no mesmo instante, antes que
ela pudesse cair. Edward estava lá, também, mãos pra fora, a bagunça no sofá esquecida.
Meio segundo depois, Bella gritou.
Não era só um grito, era um grito de coagular o sangue de tanta agonia. O som horroroso
parou em um gorgolejo, e seus olhos viraram pra sua cabeça. Seu corpo se torceu arqueado nos
braços de Rosalie, e então Bella vomitou uma fonte de sangue.

(heloisa santos)