quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

o sofrimento de perder uma pessoa que se ama...


quando agente perde alguem que amamos ficamos muito tristes pois queriamos que aquela pessoa estivesse ao nosso lado...
mais temos que comprender que essa pessoa se foi pq deus vil que sua hora tinha chegado...
perder uma pessoa amada é muito triste, mais com umtempo agente se conforma claro que nunca vamos esquecer essa pessoa mais nos conformamos que ela agora esta em um lugar melhor...
mais não é só a morte que pode nos tirar alguem, podemos tambem perder um grande amor pra outra pessoa...
mais nada doi mais do que saber que vc nunca mais vai ver tocar ou sentir o cheiro daquela pessoa de quem vc tanto gosta, essa pessoa pode ser um amigo a avô o avó um tio uma tia ou ate mesmo um pai ou uma mãe...
doi bastante no nosso coração saber que nunca mais vamos ver a pessoa que mais amamos no mundo todo...
mais sabemos que agora ela esta em um lugar melhor ela esta com deus e com certeza esta bem...
claro que mesmo assim agente sofre por isso mais com um tempo agente compreende e intende...
mesmo assim ainda tem horas que sofremos, não queremos sofrer sabemos que essa pessoa esta bem melhor onde esta mais agente não manda em nossos corações e muito menos em nossos sentimentos...
tem horas que sentimos vontade de morrer só para ver se assim vemos a pessoa que se foi mais percebemos que essa pessoa não queria que agente sofrese e concerteza nunca ia querer nossa morte...
ela ia querer nos ver feliz ia querer que agente siga nossas vidas em frente...
pq ia ser a mesma coisa se agente morese e a pessoa que mais ama agente tivese viva...
concerteza agente não ia querer que ela sofrese nem que se matase e muito menos que pensase em morer por nossa causa pq quem ama cuida...
tambem muitas vezes temos a sensação de que aquela pessoa esta com nosco não sabemos se é fruto de nossa imaginação ou se ela esta em nossa presensa so sabemos que estamos sentindo como se ela estivese ao nosso lado...
quando amamos muito alguem ela nunca vai embora ela fica pra todo sempre em nosso coração...

(heloisa santos)

amanhecer capitulo 7

 7 – INESPERADO
A linha negra avançou para mim através da mortalha neblina. Eu podia ver seus olhos de
ruibi escuro brilhando de desejo, ansiando pela caça. Seus lábios esticados sobre seus dentes
úmidos e afiados – alguns para rosnar, outras para sorrir.
Eu ouvi a criança atrás de mim choramingar, mas eu não podia me virar para olhá-lo.
Embora eu estivesse desesperada para me certificar que ele estava seguro, eu não podia me dar o
luxo de desviar o meu foco agora.
Eles flutuaram para mais perto, suas capas negras ondulando-se levemente com o
movimento. Eu vi suas mãos curvarem como garras cor-de-osso. Eles começaram a se separar,
buscando chegar até nós por todos os lados. Nós estávamos cercados. Nós iríamos morrer.
E então, como a luz súbita de um raio, toda a cena se modificou. E ainda sim nada mudou –
os Volturi ainda estavam vindo diretamente até nós, enebriados para matar. Tudo o que havia
mudado era coma situação me era apresentado. Eu estava ansiosa pra isso. Eu queria que eles
atacassem. O pânico se transformou em adrenalina conforme eu avançava, um sorriso no rosto,
um grunido escapando através dos meus dentes expostos.
Eu pulei sentada, desperta do sonho.
O quarto estava escuro. E também incrivelmente quente. Suor molhava o meu cabelo perto
da testa e escorria pela minha garganta.
Eu vaculhei pelos lençois quentes e encontrei-os vazios.
- Edward?
Então, meus dedos encontraram alguma coisa macia e fina e firme. Uma folha de papel,
dobrada ao meio. Eu levei a nota comigo e apalpei o caminho até o interruptor.
Na parte de fora da nota, estava endereçada para a Sra. Cullen.
Espero que você não perceba a minha ausência, mas se notar, eu vou estar de volta bem
rápido. Eu só fui para o continente caçar. Volte a dormir e eu vou estar aqui quando você acordar
de novo. Eu amo você.
Eu suspirei. Nós já estávamos aqui há mais ou menos duas semanas, então eu devia ter
imaginado que ele teria que partir, mas eu não estava contando o tempo. Nós parecíamos existir
fora do tempo aqui, só levados por um estado perfeito.
Eu limpei o suor da minha testa. Me senti completamente acordada, apesar do relógio na
cabeceira dizer que pouco depois da uma. Eu sabia que nunca ia ser capaz de dormir tão quente e
pregante como me sentia. Sem contar o fato que se eu apagasse a luz e fechasse os meus olhos,
com certeza voltaria a ver aquelas figuras negras e horripilantes na minha cabeça.
Eu leventei e vaguei pela casa escura, acendendo as luzes. Parecia tão grande e vazia sem
Edward aqui. Diferente.
Eu acabei na cozinha e decidi que talvez alguma comida caseira fosse o que eu precisava.
Vasculhei a geladeira até encontrar todos os ingredientes para fazer frango frito. Os estalos
e chiados do frango na panela era legal, um som familiar; eu me senti menos nervosa com ele
preenchendo o silêncio.
Cheirava tão bem que eu comecei a comer direto da panela, queimando a minha língua no
processo. Na quinta ou sexta mordida, entretanto, tinha esfriado o suficiente para que eu pudesse
sentir o gosto. A mastigação diminuiu. Tinha alguma coisa errada no sabor? Eu chequei a comida
e estava completamente branca, mas eu imaginei que não estivesse completamente cozida. Eu dei
outra mordida; mastiguei duas vezes.
Ugh – definitivamente ruim. Eu pulei para cuspir na pia. De repente, o cheio de frando-eóleo
era revoltante. Eu peguei o prato inteiro e joguei no lixo, então abri a janela para dissipar o
cheio. Uma briza refrescante entrou. A sensação na minha pele foi ótima.
Eu fiquei abruptamente cansada, mas não queria voltar para o quarto quente. Então abri
mais janelas na sala de tevê e deitei no sofá em frente. Liguei o mesmo filme que nós tínhamos
assistido no outro dia e rapidamente adormeci na canção de abertura.
Quando eu abri os meus olhos novamente, o sol estava alto no céu, mas não foi a luz que
me acordou. Braços gelados estavam ao meu redor, me puxando de encontro a ele. Ao mesmo
tempo, uma dor repentina embrulhou o meu estômago, quase como o choque de levar um soco
na barriga.
- Me desculpa - Edward estava murmurando enquanto passava uma mão gelada sobre a
minha testa úmida. - Grande meticulosidade planejando. Eu não pensei no quão quente você
ficaria enquanto eu estava fora. Vou instalar um ar-condiconado antes de ir uma próxima vez.
Eu não conseguia me concentrar no que ele estava dizendo. - Com licença! - eu ofeguei,
lutando para sair de seus braços.
Ele me largou automaticamente. - Bella?
Eu corri para o banheiro cobrindo a boca com a mão. Eu me sentia tão mal que não liguei –
no começo – que ele estivesse comigo o tempo todo enquanto me debruçava na privada e
vomitava violentamente.
- Bella? Qual é o problema?
Eu não podia responder ainda. Ele me segurava ansiosamente, mantendo o meu cabelo
longe do meu rosto, esperando até eu poder respirar de novo.
- Droga de frango estragado - lamentei.
- Você está bem? - Sua voz era tensa.
- Estou - eu ofeguei. - É só comida estragada. Você não precisa ver isso. Sai daqui.
- Não facilmente, Bella.
- Vai embora - eu lamentei de novo, lutando para me levantar e poder lavar a boca. Ele me
ajudou gentilmente, ignorando os empurrões fracos que eu dei nele. Depois que a minha boca
estava limpa, ele me carregou para cama e me sentou cuidadosamente, me segurando com os
braços.
- Comida estragada?
- É - eu grasnei. - Eu fiz um pouco de frango ontem à noite. Estava com um gosto ruim,
então eu joguei fora. Mas antes eu comi um pouco.
Ele colocou uma mão gelada sobre a minha testa. A sensação foi ótima. - Como você se
sente agora?
Eu pensei sobre isso por um momento. A náusea tinha passado tão subitamente quanto
tinha aparecido, e eu me sentia como em qualquer outra manhã. - Bem normal. Com um pouco de
fome, na verdade.
Ele me fez esperar uma hora e beber um grande copo d’água antes de ele fritar alguns ovos.
Eu me sentia completamente normal, só um pouco cansada de ter acordado no meio da noite. Ele
colocou na CNN – nós tínhamos estado tão incomunicáveis que a 3ª Guerra Mundial podia ter
estourado que nós não saberíamos – eu detei sonolenta em seu colo.
Eu fiquei entediada com todas as notícias e virei para beijá-lo. Assim como de manhã, uma
dor aguda acertou o meu estômago quando eu me movi. Pulei pra longe dele, minha mão
apertada contra a minha boca. Eu sabia que nunca chegaria a tempo no banheiro desta vez, então
eu corri pra pia da cozinha.
Ele segurou o meu cabelo mais uma vez.
- Talvez nós devessemos voltar pro Rio, ver um médico - ele sugeriu nervosamente quando
eu estava lavando a minha boca depois.
Eu balancei a cabeça e me fui direto pelo corredor. Médicos significar agulhas.
- Eu vou ficar bem assim que escovar os dentes.
Quando a minha boca ficou com o gosto melhor, eu procurei na minha mala pelo kit de
primeiros-socorros que Alice tinha colocado na mala para mim, cheio de coisas humanas como
curativos e analgésicos e – o que eu procurava agora – Pepto-Bismol. Talvez eu pudesse acalmar
o meu estômago e tranqüilizar o Edward.
Mas antes que eu encontrasse o Pepto, eu encontrei por acaso outra coisa que Alice tinha
posto na mala pra mim. Eu peguei a pequena caixa azul e encarei-a na minha mão por um longo
momento, esquecendo de tudo.
Então eu comecei a contar na minha cabeça. Uma vez. Duas vezes. De novo.
A batida me assutou; a caixinha caiu de volta na mala.
- Você está bem? - Edward perguntou atrás da porta. - Você vomitou novamente?
- Sim e não - eu disse, mas a minha voz parecia estrangulada.
- Bella? Posso entrar, por favor? - Preocupado agora.
- Tudo... bem?
Ele entrou e avaliou a minha posição, sentanda de pernas cruzadas no chão do lado da
mala, e a minha expressão, vazia e assustada. Ele sentou do meu lado, sua mão indo para a
minha testa na mesma hora.
- Qual é o problema?
- Quantos dias se passaram desde o casamento? - eu murmurei.
- Dezessete - ele respondeu automaticamente. - Bella, o que é?
Eu estava contando de novo. Eu levantei um dedo, avisando-o para esperar, e sibilei os
números para mim mesma. Nós tínhamos estado viajando mais tempo do que eu imaginava.
Fiquei chocada mais uma vez.
- Bella! - ele sussurrou urgentemente. - Eu estou perdendo o controle aqui.
Eu tentei engolir. Não funcionou. Então eu alcancei a mala e fucei até encontrar a pequena
caixinha da absorventes novamente. Levantei-os silenciosamente.
Ele me encarou em confusão. - O quê? Você tá tentando passar essa doença como TPM?
- Não - eu consegui botar pra fora. - Não, Edward. Eu estou tentando dizer que a minha
menstruação está cinco dias atrasada.
Sua expressão facial não mudou. Era como se eu não tivesse falado.
- Eu não acho que foi comida estragada - completei.
Ele não respondeu. Tinha se transformado numa escultura.
- Os sonhos - eu balbuciei para mim mesma numa foz fina. - Dormindo muito. O choro. Toda
a comida. Oh. Oh. Oh.!
O olhar do Edward parecia sem foco, como se ele não pudesse me ver mais.
Automaticamente, quase involuntariamente, a minha mão caiu sobre o meu estômago.
- Oh! - eu exclamei novamente.
Eu fiquei de pé, saindo das mãos imóveis de Edward. Eu não tinha trocado o baby-doll de
seda que eu usei para dormir. Levantei o tecido azul e encarei o meu estômago.
- Impossível - sussurrei.
Eu tinha praticamente nenhuma experiência com gravidez ou bebês ou qualquer parte desse
universo, mas eu não era uma idiota. Eu já tinha visto filmes e programas de tv o suficiente para
saber que não era assim que funcionava. Eu só estava cinco dias atrasada. Se eu estivesse
grávida, meu corpo provavelmente nem teria registrado o fato. Eu não teria enjôos matinais. Não
teria mudado meus hábitos alimentares ou meu sono.
E definitivamente não teria uma pequena mas definida barriga aparecendo entre o meu
quadril.
Eu virei o meu tronco várias vezes, examinando-a de vários ângulos, esperando que
desaparecesse na luz certa. Eu passei os dedos na minha repentina barriga, surpresa no quão dura
ela parecia sob a minha pele.
- Impossível - eu disse novamente, porque, com barriga ou sem barriga, menstruação ou
não menstruação (e definitivamente nunca houve um ciclo atrasado um único dia na minha vida
toda), não havia jeito que eu pudesse estar grávida. A única pessoa que eu já tinha transado era
um vampiro, pelo amor de Deus.
Um vampiro que ainda estava congelado no chão sem sinais de voltar a se mexer.
Então tinha alguma outra explicação, afinal. Alguma coisa errada comigo. Uma estranha
doença sul-americana com todos os sintomas de gravidez só que acelerada... E então eu me
lembrei de algo – uma manhã de pesquisas na internet que parecia séculos atrás agora. Sentada
na mesa velha do meu quarto na casa do Charlie com uma luz cinza atravessando a janela,
encarando o meu computador velho e lento, lendo avidamente um website chamado “Vampiros de
A a Z.” Tinha sido menos de vinte e quatro horas depois de Jacob Black, tentando me entreter
com algumas lendas antigas dos Quileute que ele ainda não acreditava, me contou que Edward
era um vampiro. Eu procurei ansiosamente as primeiras entradas do site, que eram dedicadas a
mitos de vampiros ao redor do mundo. O filipirno Danag, o hebreu Estrie, o romeno Varacolaci, o
italiano Stregoni benefici (uma lenda realmente baseada nos primeiros contados do meu novo
sogro com os Volturi, apesar de, naquela época, eu não saber disso)...
Eu prestei cada vez menos atenção conforme as histórias ficavam mais implausíveis. Elas
mais pareciam desculpas inventadas para explicar coisas como taxas de mortalidade infantil – ou
infidelidade. Não, amor. Eu não estou tendo um caso. Aquela gostosa que você viu saindo
escondida de casa era uma malígna succumbus* . Eu tenho sorte de ter escapado com vida!”
(Claro, com o que eu sabia agora sobre Tanya e suas irmãs, eu suspeitava que essas desculpas
tinham sido fatos.! Tinha tido mulheres, também. Como você pode me acusar de te trair – só
porque você ficou dois anos navegando em auto-mar e eu estou grávida? Foi um incubus**. Ele
me hipnotizou com seus mitológios poderes de vampiro...
Essa parte tinha sido a definição de incubus – a habilidade de gerar crianças com a sua
depredação calculada
*Succumbus - de STRUMPET [láscivo]- um espírito prostituido que corrompia sexualmente
as pessoas. Crenças da Idade Média.
** Incumbus - Crença da Idade Média de um ser malígno que abusava e atacava
sexualmente mulheres, engravidando-as.
Balancei a minha cabeça, atordoada. Mas...
Pensei em Esme e especialmente em Rosalie. Vampiros não podiam ter filhos. Se fosse
possível, Rosalie já teria descoberto um jeito a esta altura. O mito do incumbus era só isso, uma
lenda.
Exceto que... bom, havia uma diferença. Claro que Rosalie não podia conceber uma criança,
porque ela estava congelada no estado em que havia passado de humana para não-humana.
Totalmente imodificável. E o corpo das mulheres humanas precisam mudar para gestar filhos. A
constante mudança mensal de ciclos menstruais para começar, e depois as maiores mudanças
para acomodar um bebê em crescimento. O corpo da Rosalie não podia se modificar.
Mas o meu podia. O meu mudou. Eu toquei a bola no meu estômago que não tinha estado
ali ontem.
E homens humanos – bom, eles praticamente ficam do mesmo jeito da puberdade até a
morte. Eu relembrei um exemplo qualquer familiar, desenterrado sabe-se lá daonde: Charlie
Chaplin que nos seus setenta e pouco foi pai de seu caçula. Homens não tinham coisas como
mudanças de gestação ou ciclos de fertilidade.
Claro, como alguem ia saber se vampiros homens podiam ser pais, quando as suas parceiras
não eram capaz? Que vampiro na terra teria o controle suficiente para testar a teoria com uma
mulher humana? Ou teria vontade?
Eu só conseguia pensar em um.
Parte da minha cabeça estava ruminando o fato, a lembrança e a especulação, enquanto a
outra metade – a parte que controlava a habilidade de mexer até o menor dos músculos – estava
chocada além da capacidade para poder operar normalmente. Eu não conseguia mexer os meus
lábios para falar, embora quisesse pedir que Edward por favor me explicasse o que estava
acontecendo. Eu precisava voltar a onde ele estava sentando, tocá-lo, mas o meu corpo não
estava seguindo as ordens. Eu só conseguia encarar os meus olhos assustados no espelho, meus
dedos pressionados contra a bola no meu tronco.
E então, como o pesadelo vívido da noite anterior, a cena rapidamente se transformou. Tudo
o que eu via no espelho parecia completamente diferente, embora nada realmente estivesse
diferente.
O que fez tudo mudar foi o macio e pequeno chute na minha mão – de dentro do meu
corpo.
No mesmo momento, o celular do Edward tocou, agudo e chamativo. Nenhum de nós se
mexeu. Tocou de novo e de novo. Eu tentei apagar o som enquanto apertava os meus dedos
contra o meu estômago, esperando. No espelho a minha expressão não era mais assustada – era
sonhadora. Eu mal notei quando estranhas e silenciosas lágrimas escorreram pela minha
bochecha.
O telefone continuou tocando. Desejei que Edward atendesse – eu estava tendo um
momento. Possivelmente o maior momento da minha vida.
Ring! Ring! Ring!
Finalmente, a irritação acabou com todo o momento. Eu me ajoelhei próxima a Edward –
percebi que estava me mexendo cuidadosamente, mil vezes mais consciente do efeito de cada
movimento – e passei a mão por seus bolsos até encontrar o telefone. Eu meio que esperava que
ele tomasse-o e atendesse ele mesmo, mas ele ficou perfeitamente imóvel.
Eu reconheci o número, e pude facilmente adivinhar porque ela estava ligando.
- Oi, Alice - eu disse. Minha voz não estava muito melhor do que antes. Limpei a garganta.
- Bella? Bella, você está bem?
- Sim. Um. Carlisle está?
- Ele está. Qual é o problema?
- Eu não estou... cem por cento... certa...
- Edward está bem? - ela perguntou cautelosamente. Ela afastou o telefone e chamou o
nome de Carlisle e logo continuou - por que ele não atendeu o telefone? - antes de que eu
pudesse responder à sua primeira pergunta.
- Não estou certa.
- Bella, o que está acontecendo? Eu vi–
- O que você viu?
Houve um silêncio. - Aqui está Carlisle - Ela finalmente disse.
Eu senti como se água gelada tivesse sido injetada em minhas veias. Se Alice tivesse visto
uma visão de mim com uma criança de olhos verdes, carinha de anjo nos meus braços, ela teria
me respondido, não é?
Enquanto esperei pelo segundo que levou para Carlisle falar, eu imaginava a visão de Alice
dançado atrás das minhas pálpebra. Um minúsculo, um lindo pequeno bebê mais belo do que
qualquer menino, deixou minhas veias gelada.
- Bella, é Carlisle. O que está acontecendo?
- Eu – Eu não estava certa o que responder. Ele riria das minhas conclusões, me diria que eu
era louca? Eu estava tendo somente outro sonho colorido? - Estou um pouco preocupada com
Edward… Vampiros podem entrar em choque?
- Ele está machucado? - a voz de Carlisle era repentinamente urgente.
- Não, não - eu assegurei a ele. - apenas… surpreendido
- Eu não estou entendendo, Bella.
- Eu acho... bem, eu acho que... talvez... eu possa estar... - Respirei profundamente -
grávida.
Como se fosse para me trazer de volta, houve outra cutucada muito pequena no meu
abdomem. Minha mão voou para minha barriga.
Depois de uma longa pausa, o treinamento médico de Carlisle voltou.
- Quando foi o dia do seu último ciclo menstrual?
- Dezesseis dias antes do casamento. - Eu tinha feito a matemática mental completamente
antes para ser capaz de responder com a certeza.
- Como você se sente?
- Esquisita - eu lhe disse, e a minha voz estalou. Outro gotejamento de lágrimas gotejou
abaixo as minhas faces. - Isto soar maluco – olhada, eu sei é cedo para isso. Talvez eu seja louca.
Mas estou tendo sonhos grotescos e comendo o tempo todo e gritando e vomitando e… e… juro
algo se moveu dentro de mim agora mesmo - A cabeça de Edward levantou.
Suspirei no alívio.
Edward ergueu sua mão para o telefone, seu rosto duro e branco.
- Um, eu acho que Edward quer falar com você.
- Coloque ele na linha - Carlisle falou com uma voz estranha.
Eu Não estava inteiramente segura de que Edward poderia falar, pus o telefone a sua mão
estendida.
Ele pressionou em sua orelha - Isso é possível? - ele sussurrou.
Ele escutou durante o tempo longo, fitando inexpressivamente em nada.
- E Bella? - ele perguntou. O seu braço envolveu em volta de mim quando ele falou,
puxando-me para seu lado.
Ele escutou o que pareceu um longo tempo e logo falou - Sim, sim. Eu vou.
Ele removeu o telefone da sua orelha e pressionou a tecla "end". Imediatamente, ele discou
um novo número.
- O que Carlisle falou - Eu perguntei impacientemente.
Edward respondeu em uma voz inanimada. - Ele acha que você está grávida.
As palavras enviaram a um tremor quente abaixo a minha espinha. O pequeno bebê se
moveu dentro de mim.
- Para quem você está ligando agora? - Eu perguntei quando ele colocou o telefone de volta
na orelha.
- Para o aeroporto. Estamos indo para casa.
Edward esteve no telefone durante mais de uma hora sem um intervalo. Eu acho que ele
arranjava o nosso vôo para casa, mas não posso estar certa porque ele não falava em inglês.
Parecia que ele discutia, ele falou muito através dos seus dentes. Enquanto ele discutia, ele fez as
malas. Ele girou em volta do quarto irritado como um furacão, deixando ordem e não destruição
no seu caminho. Ele lançou jogou um conjunto de roupas minhas na cama, sem olha-los, por isso,
assumiu que era hora de começar a me vestir. Ele continuou com o seu argumento enquanto eu
me troquei, gesticulando com movimentos súbitos, agitados.
Quando não podia mais agüentar a energia violenta que irradia dele, calmamente deixei o
quarto. A sua concentração maníaca fez meu estômago doer – não como a doença de manhã,
somente pouco confortável. Eu esperaria em outro lugar até o seu humor de passar. Não posso
falar com este Edward frio, que honestamente me assustou um pouco.
Mais uma vez, terminei na cozinha. Não havia um saco de pretzels no armário. Eu pequei um
deles e mastigava distraidamente, olhando para fora a janela na areia e rochas e árvores e
oceano, tudo que resplandece ao sol.
Algo moveu em mim.
- Eu sei - eu disse. - Não quero ir, também.
Fitei fora a janela durante um momento, mas o bebê não respondeu.
- Eu não entendo - eu sussurrei. - o que está errado aqui?
Surpreendente, absolutamente. Surpreendente, mesmo. Mas errado?
Não
Então, por que Edward está tão furioso Foi ele que tinha realmente desejado tanto, como
uma caçada, o casamento.
Tentei raciocinar como ele.
Talvez não era assim tão confuso Edward querer que nós fôssemos para casa
imediatamente. Ele a pediria a Carlisle para me verificar, assegurar-se que a minha suposição foi
certa – embora não houvesse absolutamente dúvida em minha cabeça neste ponto.
Provavelmente eles quereriam compreender por que estava tão grávida, com o chutes e a
cutucada e todo disto. Não era normal.
Depois que pensei nisto, estava certa que era isso. Ele deve estar tão preocupado com o
bebê. Eu ainda não tinha barriga. O meu cérebro trabalhou mais devagar do que o seu – ainda
estava cravado a maravilhosa imagem que ele tinha evocado antes: a criança muito pequena com
olhos de Edward – verde, como o seu tinha sido quando ele era humano – deitado e lindo nos
meus braços. Esperei que ele tivesse exatamente o rosto de Edward, sem interferência do meu.
Foi engraçado como repentinamente e completamente necessária esta visão tinha ficado. A
partir desse primeiro pequeno toque, Tudo tinha mudado. Onde antes havia apenas uma coisa que
eu não poderia viver sem, agora, havia dois. Não houve divisão - meu amor não foi dividido entre
eles agora, não era assim. Foi mais como se meu coração tivesse crescido, inchado até duas vezes
o seu tamanho, nesse momento. Tudo esse espaço extra, já preenchido. O aumento foi quase
estonteante.
Eu nunca antes realmente tinha entendido a dor de Rosalie e o ressentimento. Eu nunca me
tinha imaginado ser mãe, nunca quis isto. Tinha sido uma parte do bolo para de promessas para
Edward de que não me preocupei em deixar de ter filhos, porque realmente não queria. As
crianças, em resumo, nunca tinham me atraído. Eles pareceram ser criações barulhentas, muitas
vezes, alguma forma de sentimentalidade exagerada. Eu nunca tive muito a ver com um irmão, eu
sempre imaginei um irmão mais velho.
Alguém para cuidar de mim, e não ao contrário.
Esta criança, a criança de Edward, era uma história totalmente diferente.
Eu queria-o como eu queria que o ar que respiro. Não uma escolha – uma necessidade.
Talvez eu só tivesse uma imaginação realmente ruim. Talvez por isso eu era incapaz de
pensar em estar casada até que eu já fosse – incapaz de ver que eu quereria um bebê até que
cada um já tivesse...
Coloquei a minha mão no meu estômago, que espera pela seguinte cutucada, as lágrimas
rolaram em meu rosto novamente.
- Bella?
Eu girei, por desconfiar do pelo tom da sua voz. Era muito frio, muito cuidadoso. A sua cara
combinou com a sua voz, vazia e dura.
E logo ele viu que eu chorava.
- Bella! - ele cruzou a sala em um flash e colocar suas mãos sobre o meu rosto - Você está
sentindo dor?
- Não, não–
Ele me puxou para o seu peito. - Não tema. Estaremos em casa em dezesseis horas. Você
ficará bem. O Carlisle estará pronto quando nos tornamos lá. Cuidaremos disto, e você ficará bem,
você ficará bem.
- Cuidar disto? O que você quer dizer?
Ele inclinou para longe e olhou mim nos olhos - estamos indo tirar isso antes que ele possa
machucar qualquer parte de você. Não fique assustada. Eu não deixarei isso te machucar.
- Essa Coisa? - Eu respirei.
Ele olhou agudamente para longe de mim, em direção à porta da frente. - Droga! Eu esqueci
que Gustavo viria hoje. Vou me livrar os ele já voltarei. - Ele saiu da sala.
Aperto o suporte do balcão. Os meus joelhos estavam cambaleantes.
Edward acabara de chamar o meu pequeno chutador uma coisa. Ele disse que Carlisle o
tiraria.
- Não - sussurrei.
Eu compreendi ele mal antes. Ele não estava se preocupando com o bebê. Ele queria abortar
ele. A bela imagem na minha cabeça deslocou abruptamente, modificado para algo escuro. O meu
bonito choro de bebê, os débeis meus braços não bastante para protegê-lo...
O que posso fazer? Eu seria capaz de raciocinar como eles?
E se eu não conseguisse? Isso explicava o estranho silêncio de Alice no telefone? O que ela
viu? Edward e Carlisle matando aquela perfeita criança pálida antes que ela conseguisse viver?
- Não - eu sussurrei de novo, minha voz mais forte. Isso não podia ser. Eu não permitiria.
Eu ouvi Edward falando Português novamente. Discutindo novamente. A voz dele se
aproximou, e eu o ouvi rugindo de exasperação. Então eu ouvi outra voz, baixa e tímida. Uma voz
de mulher.
Ele entrou na cozinha na frente dela e veio diretamente para mim. Ele limpou as lágrimas
nas minhas bochechas e murmurou no meu ouvido por entra a linha fina e dura dos seus lábios.
- Ela está insistindo em deixar a comida que trouxe – ela fez o jantar pra nós. - Se ele
estivesse menos tenso, menos furioso, eu sei que ele teria revirado os olhos. - É uma desculpa –
ela quer ter certeza que eu ainda não te matei. - A voz dele ficou fria como gelo no final.
Kaure vagou nervosamente pelos cantos da cozinha com um prato coberto nas mãos. Eu
queria saber falar Português, ou que meu Espanhol fosse menos rudimentar, para que eu pudesse
tentar agradecer essa mulher que se arriscou a deixar um vampiro com raiva apenas para cuidar
de mim.
Os olhos dela se revezavam entre nós dois. Eu vi ela analisar a cor no meu rosto, a umidade
nos meus olhos. Murmurando alguma coisa que eu não compreendi, ela pôs o prato no balcão.
Edward disparou alguma resposta pra ela; eu nunca o ouvi ser tão mal educado antes. Ela
se virou pra ir embora, e o movimento da longa saia dela desviou o cheiro da comida no meu
rosto. Era forte – cebola e peixe. Eu cambaleei e fui até a pia. Eu senti as mãos de Edward na
minha testa e ouvi os murmúrios calmantes através do ruído nos meus ouvidos. As mãos dele
desapareceram por um segundo, e eu ouvi a geladeira se fechar. Graças a Deus o cheiro
desapareceu com o som, e as mãos de Edward estavam resfriando meu rosto novamente. Tudo
acabou muito rapidamente.
Eu lavei minha boca na pia enquanto ele acariciava o lado do meu rosto.
Houve um pequeno movimento na minha barriga.
Está tudo bem. Estamos bem, eu pensei com o feto.
Edward me virou, me puxando para os seus braços. Eu descansei minha cabeça no ombro
dele. minhas mãos instintivamente cruzadas sobre meu estômago.
Eu ouvi um pequeno resfôlego e olhei para cima.
A mulher ainda estava lá, hesitante na porta e com as mãos meio erguidas como se ela
estivesse procurando alguma forma de ajudar. Seus olhos estavam grudados nas minhas mãos,
saindo das órbitas de choque. A boca dela estava escancarada. Então Edward prendeu o fôlego
também, e ele repentinamente se virou para encarar a mulher, me puxando um pouco para trás
do corpo dele. Os braços dele ao redor do meu tórax, como se ele estivesse me segurando para
trás.
De repente Kaure estava gritando com ele – alto, furiosamente, suas palavras impossível de
entender voando pela cozinha como facas. Ela ergueu seu pequeno punho no ar e deu dois passos
para a frente, mostrando-os para ele. Apesar da ferocidade dela, era fácil ver o terror em seus
olhos.
Edward também foi em direção a ela, e eu apertei o braço dele, assustada com a mulher.
Mas quando ele interrompeu o ataque dela, a voz dele me pegou de surpresa, especialmente
levando em consideração o quão ríspido ele tinha sido quando ela não estava o atacando. Ele
falava baixo agora, implorando. Não apenas isso, mas o som era diferente, mais gutural, sem
cadência. Eu achava que ele não estava mais falando Português.
Por um momento, a mulher olhou pra ele pensativa, e então seus olhos se estreitaram
enquanto ela soltava uma longa pergunta na mesma língua alienígena.
Eu observei enquanto o rosto dele foi ficando triste e sério, e ele balançou a cabeça uma
vez. Ela deu um passo para trás e cruzou as mãos sobre si mesma.
Edward foi em direção a ela, fazendo gestos em direção a mim e então repousando a mão
sobre minha bochecha. Ela respondeu raivosamente de novo, balançando as mãos
acusadoramente pra ele, e então fazendo gestos pra ele. Quando ela terminou, ele implorou pra
ela novamente, com o mesmo tom de voz baixo, urgente.
A expressão dela mudou – ela o encarou com pura dúvida no rosto enquanto ele falava, os
olhos dela repetidamente passando para meu rosto confuso. Ele parou de falar, e ela pareceu
estar pensando em alguma coisa. Ela olhou pra frente e pra trás entre nós dois, e então,
inconscientemente, pelo que pareceu, ela deu um passo pra frente.
Ela fez um movimento com as mãos, fazendo uma mímica que parecia ser um balão saindo
de seu estômago. Eu olhei – será que as lendas dela sobre um predador bebedor de sangue
podiam ser isso? Era possível que ela soubesse alguma coisa sobre o que estava crescendo dentro
de mim?
Ela deu alguns passos para a frente, deliberadamente dessa vez, e fez algumas breves
perguntas, que ele respondeu de forma tensa. Então foi ele quem começou a questionar – um
rápido interrogatório. Ela hesitou e então lentamente balançou a cabeça. Quando ele falou
novamente, a voz dele estava tão agoniada que eu olhei pra ele chocada. O rosto dele estava
afogado em dor.
Em resposta, ela caminhou lentamente para a frente até que ela estava perto o suficiente
para colocar sua pequena mão no topo da minha, sobre o meu estômago.
Ela disse uma palavra em Português.
- Morte - ela suspirou baixinho. Então ela se virou, seus ombros curvados como se a
conversa a tivesse envelhecido, e deixou a cozinha.
Eu sabia Espanhol suficiente para saber isso.
Edward estava congelado de novo, olhando para ela com uma expressão torturada grudada
no rosto. Alguns momentos depois, eu ouvi o motor do barco roncando e o som desaparecendo na
distância.
Edward não se mexeu até que eu comecei a ir para o banheiro. Então as mãos dele
agarraram meus ombros.
- Onde você está indo? - A voz dele era um murmúrio de dor.
- Escovar meus dentes de novo.
- Não se preocupe com o que ela disse. Não são nada além de lendas, mentiras velhas
contadas para divertir.
- Eu não entendi nada - Eu disse a ele, apesar de que isso não era inteiramente verdade.
Como se eu pudesse duvidar de alguma coisa só por ela ser uma lenda. Minha vida estava cercada
de lendas por todos os lados. Todas elas eram verdade.
- Eu coloquei sua escova de dentes na mala. Eu vou pegar pra você.
Ele caminhou na minha frente até o quarto.
- Estamos partindo em breve? - Eu perguntei a ele.
- Assim que você acabar.
Ele esperou pela minha escova de dentes para coloca-la na mala novamente, vagando
silenciosamente pelo quarto. Eu a entreguei a ele quando terminei.
- Eu vou colocar as malas no barco.
- Edward –
Ele se virou de novo. - Sim?
Eu hesitei, tentando pensar em alguma forma para ficar sozinha por alguns segundos. - Você
poderia... guardar um pouco de comida? Você sabe... caso eu fique com fome de novo?
- É claro - ele disse, seus olhos repentinamente suaves. - Não se preocupe com nada. Na
verdade, nós vamos encontrar com Carlisle dentro de algumas horas. Tudo isso estará acabado
em breve.
Eu balancei a cabeça, sem confiar na minha voz.
Ele se virou e deixou o quarto, uma mala grande em cada mão.
Eu me virei e peguei o telefone que ele tinha deixado na mesinha. Esquecer as coisas era
muito incomum da parte dele – esquecer que Gustavo estava vindo, deixar o telefone aqui. Ele
estava tão estressado que mal era ele mesmo.
Eu abri o telefone e procurei no meio dos números programados na agenda. Eu fiquei feliz
por ele ter tirado o som, com medo que ele fosse me flagrar. Estaria ele no barco agora? Ou já
estaria de volta? Será que da cozinha ele conseguiria me ouvir se eu cochichasse?
Eu encontrei o número que queria, um número para o qual eu nunca havia ligado antes na
minha vida. Eu apertei o “send” e cruzei os dedos.
- Alô? - a voz que parecia sopros de ventos dourados atendeu.
- Rosalie? - Eu murmurei. - Aqui é a Bella. Por favor. Você tem que me ajudar.
Prefácio
A vida é chata, e aí você morre.
É, eu devo ser muito sortudo
.
(heloisa santos)